segunda-feira, setembro 11, 2006

Eu não sei o que tem me feito chorar.


Vem tropeçando na minha vontade de escondê-lo. Não é um choro longo. Não é nem mesmo um choro. São algumas poucas lágrimas, que espertinhas, burlam a grande defesa, o grande dique que fora construido para represá-las. Sentimentos a flor da pele.

Será que passei tanto tempo sem contato comigo mesmo que, de alguma maneira, estou tentando me avisar de algo?

Ou poderiam ser forças exteriores? A pressão pela qual minha casa vem passando. Os problemas da minha família, com os quais tenho de lidar diariamente, na tentativa de fazer alguma diferença?

No mês passado perdi dois bons amigos. Duas pessoas que estavam distante fisicamente, mas sempre queridas, sempre conversando e sempre apoiando. A ficha pode estar caindo aos poucos, mas ainda não caiu.

Poderia ser de estafa, de stress. Muita correria. Muito pouco sono e comida. O corpo mostrando os sinais e eu não dando bola nenhuma. Só se vive uma vez, non?

Mas poderia ser por algo bom também. Poderiam ser lágrimas que escapam quando algo lindo demais se apresenta a seus olhos, a sua mente. Poderia ser pelos novos graus de compreensão. Poderia ser por redescobrir sentimentos e sensações há muito esquecidos. Poderia por ter encontrado espaço para trabalhar, mesmo que de graça, em algo que gosta e lhe da prazer. Poderia ser pela empresa que abriu estar começando a andar de pé. Poderia?

Ou poderia ser só por esta sensação de felicidade que me toma, tropega, me deixando sempre com um sorriso na cara?