terça-feira, junho 21, 2005

"Com grandes poderes vem grandes responsabilidades"


Com o passar dos anos eu fiquei perdido em meio a letargia. Aquele impeto juvenil de querer arrumar o mundo, fix the mistakes, foi passando e passando, e quando eu percebi, já não pensava muito no que fazer para ajudar. O pensamento que ocupou minha cabeça foi aquele de que "as pessoas e as coisas são assim mesmo". Pensando com isso que muitas pessoas sabem o que há de errado, mas pensam o problema de maneira errada. Outras tantas são muito cabeça dura. E a grande maioria não sabe, não se interessa e nem mesmo pensa no problema, no geral, o único problema que tem tempo de pensar são as suas vidas.

As coisas já são tão complicadas e caminham da mesma maneira há tanto tempo, que mudar as regras do jogo é impensável. Mesmo assim, alguns passos importantes foram dados este ano, como o G-8 ter decido não mais cobrar as dívidas dos 18 países mais pobres. A volta do Live-Aid também é bastante interessante. Os pop-stars tem ajudado da maneira como podem as boas causas, como a fome na Africa e as vítmas do Tsunami. Mas isso não muda muito. As pessoas ainda vão morrer de fome, ainda vão roubar para sobreviver. Ainda vai haver desemprego. É aquela velha história: "É melhor ensinar alguém a pescar do que lhe dar um peixe". Não é só a dívida externa que afundam esses países. Não é lhes dando comida que a fome vai deixar de existir.

Mas de qualquer forma, eu pensava que através dos meus filmes e livros eu poderia atuar da minha maneira neste cenário. Mas é possível fazer muito mais do que isso. Não apenas da maneira que as pessoas pensam: "Cada um fazendo a sua parte, as coisas vão melhorar". É muito mais, é preciso ensinar, educar, conscientizar, formar pessoas melhores que possam enxergar o problema e saber como vencê-lo também. Assim como Chile soube sair da dura ditadura que viveu e passou a ser o país mais desenvolvido do cone sul, os outros países também podem fazê-lo. Não é preciso mudar as regras do jogo, só é preciso saber como vence-las.

Num mundo emque não existem superpoderes. Em que as pessoas não voam, não lêem as mentes das outras, não se teleportam, não levantam carros com seus braços, nem resistem a tiros a queima roupa, talvez a capacidade de raciocinar e a inteligência sejam os grandes poderes.


Agent Smith: Why, Mr. Anderson? Why do you do it?
Why get up? Why keep fighting?
Do you believe you're fighting for something?
For more that your survival? Can you tell me what it is?
Do you even know? Is it freedom? Or truth?
Perhaps peace? Yes? No? Could it be for love? Illusions,
Mr. Anderson. Vagaries of perception.
The temporary constructs of a feeble
human intellect trying desperately to justify
an existence that is without meaning or purpose.
And all of them as artificial as the
Matrix itself, although only a human mind could invent
something as insipid as love. You must be able to see it,
Mr. Anderson. You must know it by now. You can't win.
It's pointless to keep fighting. Why, Mr. Anderson?
Why? Why do you persist?

Neo: Because I choose to.